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Investidores seguem atentos à apuração das eleições americanas O dólar e os juros futuros iniciaram a sessão desta sexta-feira em leve queda, mas passaram a oscilar perto da estabilidade. Em um dia de correção em ativos de risco em todo o mundo, os investidores acompanham a reta final da apuração de votos nas eleições americanas, que vai indicando vitória de Joe Biden e um Congresso dividido. Esse quadro contribui para emergentes e acaba dando um impulso adicional ao real, que está em patamar bastante depreciado em relação aos pares.
Além disso, os números do IPCA de outubro - que arriscavam uma surpresa de alta - vieram bem próximos dos esperado, o que ajuda o comportamento dos juros futuros. O IPCA acelerou para 0,86%, ante 0,64% em setembro. O resultado ficou ligeiramente acima da mediana das projeções, de 0,84%, mas aquém do teto das estimativas, que iam de 0,70% a 0,97%.
Por volta das 9h25, a taxa do contrato de DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 3,47% (3,45% no ajuste anterior), enquanto a do DI para janeiro de 2023 marcava 5,06% (5,03% no ajuste anterior) e a do DI janeiro de 2025 era negociada a 6,70% (6,66% no ajuste anterior). Em vencimentos mais longos, o retorno do DI para janeiro de 2027 operava a 7,46% ante 7,42% no ajuste anterior.
Mais cedo, foi divulgado o IGP-DI de outubro, com alta de 3,68%, superando a mediana das projeções de 3,23%. O intervalo das estimativas ia de 2,40% a 3,70%.
Em suas últimas comunicações, o Banco Central tem reconhecido a aceleração recente da inflação, mas aponta que movimento tende a ser temporário.
"As últimas leituras de inflação foram acima do esperado, e o Comitê elevou sua projeção para os meses restantes de 2020. Contribuem para essa revisão a continuidade da alta nos preços dos alimentos e de bens industriais, consequência da depreciação persistente do real, da elevação de preço das commodities e dos programas de transferência de renda. Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que esse choque é temporário, mas monitora sua evolução com atenção", disseram os dirigentes do Copom na última decisão de juros em 28 de outubro.
No mercado de moedas, o dólar comercial subia 0,16%, aos R$ 5,5546, enquanto contrato futuro para dezembro tinha alta de 0,49%, aos R$ 5,5590. Para efeito de comparação, o dia é de ajustes nas moedas emergentes, após ganhos recentes contra a divisa americana. Há pouco, o dólar subia 0,42% ante o peso mexicano e ganhava 1,02% ante o rublo russo, enquanto avançava 0,37% ante o rand sul-africano e 1,29% ante a lira turca.
Aos poucos, o cenário de eleição do democrata Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos e de um Congresso dividido com maioria democrata na Câmara e republicana no Senado vai se confirmando. E isso também já estaria presente no preços dos ativos globais. Agora, resta saber como serão os desdobramentos do cenário, como o risco de uma contestação pelo atual presidente Donald Trump - algo que por ora não parece preocupar tanto os investidores.
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